A prisão dos ativistas e o retorno do sujeito perigoso

Assim como na ditadura, anarquistas e esquerdistas voltaram a ser tratados como sujeitos perigosos e sob constante suspeita

Por Marcelo Hailer

Nesta quarta-feira (23), o desembargador da 7ª Câmara Criminal da Justiça do Rio de Janeiro, Siro Darlan, concedeu habeas corpus aos 23 ativistas que estavam com a prisão preventiva decretada por associação criminosa. A liberdade chegou, mas eles ainda respondem por processo e o precedente está aberto. Daqui pra frente, qualquer juiz, a partir do caso carioca, poderá mandar prender ativistas políticos. Estes 23 presos políticos não serão os últimos.

A prisão dos ativistas no Rio de janeiro e São Paulo chama a atenção por uma série de afrontas contra o Estado democrático de direito. Principalmente a partir dos trechos do inquérito a que, inexplicavelmente, apenas alguns meios de comunicação tiveram acesso, foram divulgados: a advogada Eloisa Samy era acusada de comandar e reunir pessoas em sua casa para organizar atos políticos; Elisa Quadros Sanzi (a Sininho) seria a líder incentivadoras das “ações violentas” e a FIP (Frente Independente Popular) é acusada de organizar reuniões fechadas aos seus membros.

Assim como na ditadura, reunir pessoas (seja em sua casa ou em algum lugar) está sendo tratado como um indício de “perigo”; também é visto como ação perigosa liderar grupos políticos e pasmem, realizar reuniões fechadas. Se estas acusações forem levadas a sério todos os grupos políticos a partir de então estão sob suspeita. Qual organização política não realiza reuniões fechadas para seus membros e sem divulgar endereço? É direito de coletivos e grupos políticos deliberarem certos assuntos apenas com os seus membros orgânicos. O contrário disso é censura e cerceamento do ir e vir.

O retorno do sujeito perigoso

Outro fator que merece atenção é a maneira como os ativistas políticos foram classificados no inquérito. De acordo com a investigação, as organizações e pessoas são todas “anarquistas e esquerdistas”. Aí também encontra-se um erro grave daqueles que investigaram: ao tratarem dos grupos anarquistas identificaram os seus líderes e, para quem entende um pouco de política, compreende que organizações anarquistas não possuem líderes.

Mas para além da conceituação sobre termos políticos, chama a atenção a maneira como foram tratados ideologicamente os ativistas. Assim como na ditadura, há um perigo no ar: anarquistas e esquerdistas devem ser vigiados. A história está aí para nos ensinar o que isso significa. Nunca liberais conservadores foram tratados com sujeitos do perigo, visto que atuam para manter o status quo. Quando a ditadura explodiu no Brasil era sob o argumento de que se necessitava “combater a ascensão comunista”.

A utilização destes termos, seja por juízes ou por setores da imprensa, cria um ambiente de perseguição e conflito. Perseguição por que agora todas as organizações políticas à esquerda e anarquistas estão sub judice. Conflito por que joga incentiva a perseguição e a criminalização social dos grupos políticos que se guiam pelos ideais revolucionários. Engana-se quem pensa que as prisões vão parar por aí. Se a reação dos movimentos políticos não for à altura, estamos de frente para o início de uma caçada aos ativistas.

A política do controle

Impressionante como o grampo de advogados ativistas não resultou numa reprovação social. Impressionante como monitoramento durante sete meses de jovens ativistas também não causou estranhamento e, pior de tudo, contou com o apoio de muitos atores políticos que se consideram à esquerda.

Ao tomarmos conhecimento de que os perfis digitais e conversas telefônicas foram monitorados e grampeados acende-se o sinal amarelo. Pois, a partir das interpretações mais esdrúxulas, pediu-se a prisão de 23 pessoas. Se não, lembremos: de acordo com o inquérito, durante uma manifestação os acusados tinham em poder 6 galões com 10 litros de gasolina cada. Quem aguenta carregar tamanho peso durante uma manifestação? É simplesmente inviável. Com 60 litros de gasolina teriam não apenas incendiado Câmara Municipal como outras coisas… Beira o absurdo.

Mas o que se tem a partir de agora é que todos os sujeitos perigosos estão à deriva de monitoramentos digitais que podem ser usados de maneiras mil. E aí é que ficam algumas questões: está certo grampear a torto e a direito tanta gente assim? Está certo monitorar digitalmente grupos e ativistas por serem anarquistas e esquerdistas? Sendo assim, onde de fato está o perigo político? Em alguns jovens que sonham e lutam por um outro mundo possível ou em um aparato jurídico-policial que perdeu qualquer tipo de vergonha em vigiar e punir aqueles que visam alterar a ordem das coisas?

COPA: CARTÃO VERMELHO PARA A DEMOCRACIA?

catao3Nós, que viemos de baixo, jogamos bola com os pés descalços nas ruas. Já vivemos tantas emoções no Maracanã, e hoje nos impedem de entrar pelo preço dos ingressos nos estádios agora privatizados. Nós temos um sistema educacional bola murcha, sempre recebemos marcação cerrada nos transportes lotados, e quando nos contundimos temos que encarar um sistema de saúde falido.

Nós, a quem negam diálogo, mesmo tendo voz, não temos só fome de bola. Nos levantamos do banco de reservas, e declaramos: cansamos de assistir inertes ao nosso time ser massacrado. Na Copa das nossas vidas, nós decidiremos o jogo!

Em junho do ano passado, milhões de pessoas foram às ruas mostrando desejo de participação nos rumos do país e descontentamento com esse modelo excludente de sociedade. E abrimos o placar, marcando um gol contra o
aumento das passagens. Mas não era só por 20 centavos. Permanecemos nas ruas.

Hoje, o Brasil sedia uma Copa do Mundo. As pessoas nas ruas foram claras sobre a escalação que queriam:

– Um projeto de mobilidade urbana que atenda às necessidades da população, em vez de beneficiar uma máfia de empresários que, mantendo relações escusas com o poder político, lucra com um transporte público precário e caro. A tarifa abusiva fere nosso direito constitucional de ir e vir ao nos impedir de transitar pela cidade;

– Políticas de saúde voltadas para a garantia do bem estar das pessoas e
para a valorização da vida, com mais hospitais, melhor equipados, com bom
atendimento, profissionais com boa formação e trabalho valorizado; além de
saneamento básico e prevenção de doenças;

– Educação equivalente a todas as pessoas, que não se limite a atender ao mercado de trabalho, valorize cada indivíduo em suas potencialidades dentro da diversidade do coletivo, e estimule a reflexão, a construção de liberdade através da ajuda mútua e a formação de indivíduos criativos e autônomos. Mais escolas e universidades com acesso irrestrito; educação
continuada e laica; professores e professoras com melhor remuneração e condições de trabalho; gestão e projetos pedagógicos construídos coletivamente.

No entanto, a escalação dos governos, da CBF e da FIFA foi outra:

– Remoções violentas de milhares de pessoas de suas casas, para abrir espaço para obras, gerando lucros às grandes construtoras e falta de moradia; aumento do custo de vida, com as altas abusivas de preços no mercado imobiliário e diversos outros setores, marginalizando ainda mais a população já marginalizada, a quem só resta ocupar espaços inertes e viver em risco;

– Estado como balcão de negócios, loteando e vendendo espaços públicos, com processos de enriquecimento ilícito, atendendo aos interesses econômicos privados em prejuízo dos interesses do povo;

– Desperdício de dinheiro público. Em critério de gastos públicos, essa Copa ganha de goleada: gastou-se mais que nas últimas duas Copas juntas!;

– Liberdade de expressão e direito de ir e vir suprimidos pela entrega do nosso território para o domínio da FIFA;

– Violência policial cada vez mais presente nas favelas e no asfalto. Militarização da vida pública e o exército nas ruas, cometendo abusos contra o povo;

– Terrorismo de Estado, com a criminalização dos movimentos populares, prisões arbitrárias e medidas inconstitucionais.

Na partida dos de baixo contra os de cima, já sabemos o resultado: aqui, tudo tem prorrogação, pênalti e ainda vai pro tapetão. Nossos juízes estão comprados.

Não é esse o campeonato que queremos ver. Quem manipulou os resultados – governantes que respondem aos interesses dos empresários – são os mesmos que sempre saem lucrando. Para nós, cá embaixo, ?é só tiro, porrada e bomba?. E a mídia tenta esconder esse jogo sujo: quando o lance é duvidoso, corta pra torcida.

Diante de todos esses fatos, algumas perguntas precisam ser respondidas: se a Copa é do povo, em que momento nos consultaram? E se pudéssemos escolher,
em que gastaríamos bilhões de reais? Quanto vale um hexa? O que vai mudar em nossas vidas se o Brasil for campeão?

E o que podemos fazer pra virar esse jogo?

Nós, aqui de baixo, podemos nos reunir, conversar, pensar e agir a partir do que compartilharmos. Não precisamos de líderes. Já entramos em campo, com greves, ocupações, assembleias, atos. Pouco a pouco, vamos reconquistando o que é público do cerco estatal e privado. E assim rumamos, no esquema tático da democracia.

E que fique bem claro: O Brasil é uma República. Democracia é outra coisa. Ela é direta e participativa e encontra sua maior expressão na assembleia popular e no diálogo permanente sobre a organização da vida comum.

Queremos construir uma democracia direta, em que a nossa participação na vida política não se resuma a um voto a cada dois anos; em que cada pessoa possa representar a si mesma e as suas demandas; em que possamos decidir as prioridades do país sem intermediários; em que possamos mandar em nosso próprio destino.

Ao longo do último ano, surgiu das ruas a vontade de formar espaços horizontais, onde indivíduos se autorepresentam, organizando-se em assembleias populares. São encontros abertos, inclusivos e participativos. As assembleias colocam-se como base para construções coletivas, em diversos espaços públicos; são compostas por quem quiser chegar, e todas as pessoas conduzem as reuniões e exercitam a democracia direta.

No Rio de Janeiro, nos encontramos nos seguintes locais:

– Na Grande Tijuca, aos domingos (quinzenais), 18h, na Praça Saens Peña (Assembleia Popular da Grande Tijuca);

– No Grande Méier, às segundas, 19h, na Praça Agripino Grieco (Assembleia Popular do Grande Méier);

– Na região do Flamengo, às segundas, 19h, no Largo do Machado (Assembleia Popular no Largo do Machado);

– No Centro, às terças, 19h, no Largo de São Francisco (Assembleia do Largo);

– No Centro, às quartas, 19h, na Cinelândia (Assembleia Popular na Cinelândia).

Esse jogo está só começando! Ainda há jogadores e jogadoras demais se aquecendo para entrar em campo.

Nós, aqui de baixo, devemos nos organizar nas nossas ruas, nos nossos bairros, nas comunidades, nos locais de trabalho, nas escolas, por iniciativa coletiva e de cada indivíduo, e fazer crescer nossa participação
nas decisões políticas, até que não haja mais ?os de cima? e ?os de baixo?, e livres de todo o peso, possamos jogar com leveza.

Assembleias Populares Horizontais do Rio de Janeiro

EXEMPLO PRÁTICO DO JOGO NO CAPITALISMO ONDE QUEM PERDE SEMPRE É O CIDADÃO

Esse é o jogo sujo do capitalismo, primeiro ele faz com que empresas estatais peguem empréstimos e financiamentos com empresas privadas tornando-as, por trás dos panos, empresas estatais-privadas (forma de privatização às avessas), uma vez que o vínculo  das dívidas feitas a longo prazo, dá o “controle” às empresas privadas de agirem dentro das estatais segundo seus interesses de lucro.

Em seguida, as empresas privadas (bancos, grandes corporações e etc), já operando de forma sorrateira dentro das empresas estatais, “aconselham” e dirigem para um significativo aumento das tarifas aos consumidores para cobrir o seu déficit.

Em resumo: A empresa privada lucra com os juros do empréstimo/financiamento feito às estatais, as estatais aumentam suas tarifas, e o consumidor pobre paga duas vezes: à estatal e agora à privada que está atrelada diretamente à estatal (uma forma de privatização às avessas permitida pelo estado). Todo mundo lucra, menos o consumidor, que sai perdendo em dobro!

1°- A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) assina com dez bancos – dos quais dois públicos e oito privados – o contrato de financiamento é de R$ 11,2 bilhões para auxílio às distribuidoras de energia elétrica. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal entraram com recursos de R$ 2,45 bilhões cada um; Bradesco e Itaú, R$ 2 bilhões cada; e o Santander, R$ 1 bilhão. Os outros bancos do consórcio são Citibank, BTG Pactual, Credit Suisse, Bank of America e J.P. Morgan. link: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica-brasil-economia/33,65,33,3/2014/04/25/internas_economia,424773/ccee-assina-contrato-de-r-11-2-bi-para-financiar-distribuidoras-de-energia.shtml
2°- Dentro de alguns dias será anunciado o aumento da conta de Luz para cada cidadão do país. Lembramos que foi “prometida” uma redução em 2012 de 20% nas taxas, porém somente no ano de 2013 houve uma redução de 15%. Agora, depois do relativo “cala a boca” dado pelos governantes é anunciado um novo aumento. l
ink:http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/04/17/internas_economia,519940/conta-de-luz-devera-ter-outro-reajuste-alto-em-2015.shtml

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Assembleia das Assembleias RJ

assembleia600pxConvidamos tod@s a fazer parte dessa construção! 
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Com os levantes de junho, que evidenciaram a crise de representatividade, surgiram dissidências dos espaços tradicionais de deliberação. Assim, nas ruas, ressurgiu a vontade de formar espaços horizontais, onde indivíduos se autorepresentam, organizando-se em assembleias. O processo de constituição das assembleias ressalta o caráter horizontal dos espaços. São encontros abertos, inclusivos e participativos, surgidos do desejo de uma organização popular horizontal.

A partir dos debates nos espaços de assembleias surge o anseio de maior interação e diálogo entre as assembleias existentes e atuantes em diversos locais do Brasil Entendemos que as assembleias são compostas por qualquer pessoa e colocam-se como base para construções coletivas. Reunidos nos diversos espaços, todos conduzem a reunião, constituem-se como instrumento político e social dos cidadãos, exercitando a democracia direta.
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Diante deste histórico e da interação e diálogo entre as diferentes assembleias propomos o debate e a construção coletiva de uma Assembleia das Assembleias, a fim de estabelecer um diálogo horizontal entre os diversos espaços autônomos nas cidades do Brasil, identificando a amplitude de pautas e fomentando o fortalecimento desses espaços. Convite à Assembleia das Assembleias Dia 26 Abril de 2014 Horário: 14:00h Local: Palácio Capanema

Um gringo que viu o que os gringos não devem ver

Mikkel Jensen, um jornalista dinamarquês, veio ao Brasil em setembro de 2013 para fazer uma reportagem sobre “o país do futebol”. Se frustrou com a  dura realidade em que vive o povo brasileiro.
A miséria, corrupção e violência fizeram Mikkel desistir de cobrir o “espetáculo” do futebol e voltar desiludido a seu país, mas não sem antes fazer uma bela crítica à maquiagem pela qual o Brasil está passando, tentando esconder dos estrangeiros a verdadeira cara.

 

A Copa – uma grande ilusão preparada para os gringos

Quase dois anos e meio atrás eu estava sonhando em cobrir a Copa do Mundo no Brasil. O melhor esporte do mundo em um país maravilhoso. Eu fiz um plano e fui estudar no Brasil, aprendi português e estava preparado para voltar.

Voltei em setembro de 2013. O sonho seria cumprido. Mas hoje, dois meses antes da festa da Copa, eu decidi que não vou continuar aqui. O sonho se transformou em um pesadelo.

Durante cinco meses fiquei documentando as consequências da Copa. Existem várias: remoções, forças armadas e PMs nas comunidades, corrupção, projetos sociais fechando. Eu descobri que todos os projetos e mudanças são por causa de pessoas como eu – um gringo – e também uma parte da imprensa internacional. Eu sou um cara usado para impressionar.

Em março, eu estive em Fortaleza para conhecer a cidade mais violenta a receber um jogo de Copa do Mundo até hoje. Falei com algumas pessoas que me colocaram em contato com crianças da rua, e fiquei sabendo que algumas estão desaparecidas. Muitas vezes, são mortas quando estão dormindo à noite em área com muitos turistas. Por quê? Para deixar a cidade limpa para os gringos e a imprensa internacional? Por causa de mim?

Em Fortaleza eu encontrei com Allison, 13 anos, que vive nas ruas da cidade. Um cara com uma vida muito difícil. Ele não tinha nada – só um pacote de amendoins. Quando nos encontramos ele me ofereceu tudo o que tinha, ou seja, os amendoins. Esse cara, que não tem nada, ofereceu a única coisa de valor que tinha para um gringo que carregava equipamentos de filmagem no valor de R$ 10.000 e um Master Card no bolso. Inacreditável.

Mas a vida dele está em perigo por causa de pessoas como eu. Ele corre o risco de se tornar a próxima vítima da limpeza que acontece na cidade de Fortaleza.

Eu não posso cobrir esse evento depois de saber que o preço da Copa não só é o mais alto da história em reais – também é um preço que eu estou convencido incluindo vidas das crianças.

Hoje, vou voltar para Dinamarca e não voltarei para o Brasil. Minha presença só está contribuindo para um desagradável show do Brasil. Um show, que eu dois anos e meio atrás estava sonhando em participar, mas hoje eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para criticar e focar no preço real da Copa do Mundo do Brasil.

Alguém quer dois ingressos para França x Equador no dia 25 de junho?

Mikkel Jensen – Jornalista independente da Dinamarca

O Tribuna do Ceará entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para comentar acerca da possível “matança” comentada pelo jornalista dinamarquês, mas até a publicação desta matéria não foi enviada a resposta.

(*) A pedido de Mikkel, este artigo foi publicado com o jornalista já na Dinamarca.

RELATORIA RIO DE JANEIRO, 15 DE ABRIL DE 2014

INFORMES:

– Foram dados informes a respeito da situação dos ex moradores do prédio da Telerj, ocupantes da prefeitura.

– Informes sobre o ato da FIP “Não vai ter Copa” . Alguns ocupante s da prefeitura aderiram ao ato

– Informe sobre a possibilidade de greve geral na Bahia.

– Dia 16, quarta-feira haverá reunião do Fórum de Apoio mútuo

– Dia 16, quarta-feira Assembleia dos Alunos do Pedro II ás 12h em Realengo

– Informe de indicativo de data para ato em Manguinhos, dia 01 de maio, dia do trabalho.

DISCUSSÕES:

– Assembleia das Assembleias:

Houve um pedido da Assembleia da Tijuca para que no convite estivesse claro que no início da assembleia seria feita a discussão do método.

Foi  debatida a necessidade de reescrever o convite e decidimos fazê-lo em assembleia, com a participação de todos.

Optou-se por utilizar uma linguagem mais informal no texto e menos informação. Apenas o essencial.

O convite foi reescrito em assembleia, coletivamente e será encaminhado para as demais assembleias participantes para que assinem junto.

 

Texto:

Convite à Assembleia das Assembleias

Dia 26/04

Horário: 14:00h

Local: Palácio Capanema

“Representatividade já morreu, quem manda em mim sou eu!”

Façamos uma construção coletiva de uma assembleia – um espaço de diálogo horizontal e aberto para todos, um instrumento de gestão do cotidiano e um laboratório de democracia direta para a cidade.

Propomos que as discussões se iniciem decidindo o método de assembleia. Quem se interessar, chegue pontualmente.

Chega aí, tamo junto!

Fazem o convite:

(nomes das assembleias que estão na construção)

 

Relatoria 01 de abril

ASSEMBLEIA DO LARGO RELATORIA
RIO DE JANEIRO 01 DE ABRIL 2014

1- ASSEMBLEIA DO MÉIER

-Houve o consenso na construção/participação da Assembleia das Assembleias do Rio de Janeiro.
-Iniciaram-se debates sobre um projeto neoliberal com iniciativas no bairro do Méier. -Próximo ato-aula a ser construído tema: Hospital Salgado Filho.

2- ASSEMBLEIA DE MANGUINHOS

-Já foram realizadas duas assembleias.
-Na última Assembleia apresentaram uma cartilha de direitos humanos (usaram como base uma cartilha do Dona Marta e Complexo do Alemão); a proposta é de confecção de outras cartilhas de temas variados para uso da comunidade.
-Atrelado a proposta da cartilha vem o mutirão de politização: conscientizando e explicando aos moradores da área quais os seus direitos e deveres assim como a importância de uma assembleia.
-Ato dia 05/04 às 14h no Parque União.

3- GOLFE PARA QUEM? – BARRA DA TIJUCA

-Ato marcado para o dia 05/04 às 10h, concentração será em frente a estação BRT Golfe Olímpico (Coletivo Resistência Popular).
-Pauta: Embargo imediato das obras da construção do campo de golfe.

4- ASSEMBLEIAS DE BELO HORIZONTE(VIADUTO E BH)

-Foi aprovada a construção horizontal da Assembleia das Assembleias do Brasil pelas duas assembleias existentes em BH.
-Foi enviado o convite das Assembleia das Assembleias do Rio de Janeiro para as duas Assembleias de BH.

5- COMPANHEIROS DE OUTROS ESTADOS E PAÍSES NA ASSEMBLEIA DO LARGO

-No dia 01/04 contamos com a presença de dois companheiros vindos da Bolívia e outro companheiro da Bahia /Salvador, militante do Tarifa Zero Salvador.

6- Ato Público Somos tod@s CLAUDIA SILVA FERREIRA – CONTRA O EXTERMÍNIO DA POPULAÇÃO NEGRA!
Concentração: Em frente ao Mercadão de Madureira/RJ dia 05/04 às 13h.

7- 01/04 – Houve aula na Cinelândia com o Zé Guajajara da Aldeia Maracanã – Educação Libertária.
-Toda Terça-feira às 18h aulas de Tupi Guarani com a Aldeia Maracanã na Cinelândia.

8- Toda Quinta-feira às 18h na Cinelândia será realizado a construção do projeto Cooperativa Vândala.

9- CASA NUVEM

-Toda quinta-feira às 20h na casa nuvem (Beco do Rato-LAPA) reunião para a construção de atos lúdicos voltados para linhas artísticas (diversividade tática).

10- 05/04 – Ato Unificado da Saúde Pública 17h na Candelária.

11- GD TERRORISMO DE ESTADO E DESMILITARIZAÇÃO DA PM (GRUPO DE DISCUSSÃO)
-Toda quinta-feira às 19h na escadaria do IFCS (Largo de São Francisco).

12-Toda Quinta-feira às 20h no Jardim do IFCS – Grupo de estudos sobre Revoltas Globais.

DISCUSSÕES:
1- Houve a proposta de criação de um GT Mulheres tendo havido ampla discussão sobre

o tema; o GT se reuniu após a Assembleia.

2- Discussão da Assembleia das Assembleias
-Reforçar o convite indo as assembleias no RJ.
-Sugerir as outras assembleias onde já houveram o consenso sobre a proposta de discussão da data/hora.

3- Discussão sobre o método de Assembleia
-Entende-se que o método está em continua construção e melhoria.

4- Mapeamento das Assembleias no Rio de Janeiro
-Por meio de ferramentas e outros meios que ajudem a identificar locais, datas e pautas.

5- Discussão da data e local para que assim operacionalize a criação conjunta do evento convite a população do Rio de Janeiro da Assembleia das Assembleias.

6- Foi definido locais alternativos para a Assembleia do Largo nos seguintes eventos: -Caso chova forte: A Assembleia do largo será realizada dentro do IFCS no corredor do lado direito no segundo andar.
-Caso haja algum evento ou porém que impeça a realização da A.L na praça: Será realizada uma nova A.L na Praça Tiradentes (Será avisado previamente).

NASCEMOS NA RUA E PERMANECEMOS NA RUA! 

Agenda – Eventos debatem os 50 anos do Golpe Militar

Listamos algumas as atividades culturais, debates e exposições promovidas por diversas organizações para esta data.

 

Atos do dia 1 de abril

– Campanha da Anistia Internacional para revogar a Lei da Anistia, coletando assinaturas, a partir das 10 horas, na Cinelândia

– Ato, às 17h30, em frente ao Clube Militar, na Cinelândia, em protesto contra o golpe.

– Partidos políticos e centrais sindicais fazem a ‘Descomemoração dos 50 anos do golpe militar’. Concentração na Candelária começa às 15h30.

 

Seminário Internacional: 50 anos do Golpe de 1964.

Realização: Comissão Organizadora do Programa Integrado de Atividades

Dias: 01 a 04 de abril de 2014

Local: UERJ

Horário: 19:00 às 22 horas

Programação: Mesas Redondas

http://www.anpuh.org/agenda/view?ID_AGENDA=1903

 

UFRJ tem agenda especial para debater os 50 anos do golpe militar
Programação inclui três eventos e um curso de extensão

Por conta dos 50 anos do golpe militar no Brasil, a UFRJ organiza, nos próximos dias, uma série de eventos para debater o período da ditadura no país. Com três eventos e um curso de extensão, a universidade abrirá espaço para relatos, apresentações artísticas e discussões com professores e personagens importantes para compreender o período.

Em destaque está o evento “FOI GOLPE! Essa noite, 50 anos”, que ocorrerá entre os dias 1 e 4/4. Coordenado pelo Fórum de Ciência e Cultura (FCC) da UFRJ, o evento levará ao Largo São Francisco de Paula, no Centro do Rio, debates, filmes e um grande show com apresentações de artistas como Jorge Mautner e Mu Chebabi.

Confira a programação:

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.php?id=92462

 

Docudrama – Radio MEC

Nesta terça-feira, o diretor Fabiano de Freitas leva ao ar da Rádio Mec, às 10h, o documentário radiofônico “Eles não nos calaram”. Inserido na linguagem do radioteatro, a obra mescla depoimentos reais dos atores Gracindo Jr e Gerdal dos Santos.

Arco histórico

Dirigida e roteirizada por Patrícia Zampiroli, a peça “Casa de Santo: uma tragédia tropicalista” estreia no próximo dia 12 de abril no Teatro Popular Oscar Niemeyer, em Niterói. A dramaturgia cria um arco entre o presente e os anos 1960, e narra a história de uma família que enfrenta situações de violência, repressão e dilemas que, mesmo nos dias de hoje, fazem uma ponte com o período da ditadura militar. Canções de Gilberto Gil, Tom Zé e Caetano Veloso costuram a trama.

Estudo sobre a ditadura

Fernanda Azevedo e a Kiwi Cia. de Teatro chegam ao Rio para iniciar, no próximo dia 23, uma temporada da peça “Morro como um país – Cenas sobre a violência de estado”, que fica em cartaz na Sede das Cias. até o dia 2 de maio. Com roteiro e direção de Fernando Kinas, o solo esmiúça os elementos constitutivos da ditadura brasileira e de outras ditaduras do século XX, e os relaciona com o presente.

Mostra Teatral de Direitos Humanos (SP)

Parte das “descomemorações”, como se autodefine, a II Mostra Teatral de Direitos Humanos acontece entre 24 e 30 de março, no teatro Heleny Guariba – professora de teatro morta pelo regime – na Praça Roosevelt, zona central de São Paulo, e no espaço da Cia do Feijão. Durante o evento, serão apresentadas diversas peças como “Milagre na Cela”, com leitura do Grupo Kaus, “Utopia”, de Thomas Moore, pela Cia. Esquizocênica. A entrada é gratuita.

 

Mostra Cinema Pela Verdade (Em todo o país)

Em sua terceira edição, o projeto irá exibir filmes e organizar debates em universidades de 26 estados e no Distrito Federal, num total de 162 exibições. Os filmes selecionados para este ano são Repare Bem, de Maria de Medeiros, Camponeses do Araguaia – A Guerrilha Vista por Dentro, de Vandré Fernandes, e Ainda Existem Perseguidos Políticos. Realizada pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM), em parceria com o Ministério da Justiça, a mostra visa promover projetos com foco na Ditadura Militar no Brasil e na América Latina. Além da Mostra, 27 universitários se reúnem nesta semana para serem capacitados como “agentes mobilizadores” da Mostra.

Acompanhe a programação pela página do Facebook da Mostra Cinema pela Verdade.

 

Exposição O Golpe: 50 anos depois (RJ)

Do dia 25 até o dia 13 de abril, o Armazém da Utopia, no Cais do Porto, apresenta a exposição “O golpe — 50 anos depois”. Dirigido pelo Instituto Ensaio Aberto com parceria da Comissão da Anistia, a mostra ocupa dois mil metros quadrados e reúne imagens históricas, instalações interativas e intervenções. Será exibido o documentário “O dia que durou 21 anos”, de Camilo Tavares, e o filme “Eu me lembro”, de Luiz Fernando Lobo.
 O Armazém é localizado à Av. Rodrigues Alves e funciona de quarta a domingo, das 14h às 22h. A exposição vai até 13/4. Entrada franca.

 

Debate Ditaduras e legados -USP

O debate “Ditaduras e legados: a Comissão da Verdade” acontece às 19h, dia 27/03 na Biblioteca Mindlin/USP com a presença de Rosa Cardoso (Uerj), Peter Kornbluh (George Washington University) e Vladimir Safatle (USP).

Endereço: Rua da Biblioteca, s/n, Cidade Universitária, São Paulo

 

Conferência “Golpe de 1964 – 50 anos – RJ

Às 10h30, dia 27/03 na Fundação Biblioteca Nacional, no Centro do Rio, a historiadora Dulce Pandolfi (FGV) abre a conferência “Golpe de 1964 – 50 anos”, que se estenderá até a tarde de sexta-feira. 

Endereço: Av Rio Branco 219, centro, Rio de Janeiro

 

Debate “O golpe de 1964: o passado e o presente 50 anos depois”

Sexta, 28, às 11h, na Fundação iFHC, em São Paulo, acontece o debate “O golpe de 1964: o passado e o presente 50 anos depois”. O evento reúne o ex-governador José Serra, o historiador Boris Fausto e o cientista político Bolívar Lamounier.

Endereço: Rua Formosa, 367 – República, São Paulo

 

Cordão da Mentira (SP)

Para contestar e escrachar, o Cordão da Mentira sairá no dia 1º de abril pelas ruas de São Paulo, questionando o que foi a ditadura militar e o que permanece dela. O trajeto, animado por sambas próprios, será feito entre o Memorial da Resistência e diversos pontos emblemáticos da cidade. Em sua terceira edição, o bloco, composto por coletivos teatrais, políticos, sambistas e movimentos sociais, sairá às 17h30, convidando todos e todas para um carnaval escracho verdadeiramente popular.

Eventos discutem os 50 anos do golpe militar no Brasil

Listamos algumas as atividades culturais, debates e exposições promovidas por diversas organizações para esta data.

 

Mostra Teatral de Direitos Humanos (SP)

Parte das “descomemorações”, como se autodefine, a II Mostra Teatral de Direitos Humanos acontece entre 24 e 30 de março, no teatro Heleny Guariba – professora de teatro morta pelo regime – na Praça Roosevelt, zona central de São Paulo, e no espaço da Cia do Feijão. Durante o evento, serão apresentadas diversas peças como “Milagre na Cela”, com leitura do Grupo Kaus, “Utopia”, de Thomas Moore, pela Cia. Esquizocênica. A entrada é gratuita.

Mostra Cinema Pela Verdade (Em todo o país)

Em sua terceira edição, o projeto irá exibir filmes e organizar debates em universidades de 26 estados e no Distrito Federal, num total de 162 exibições. Os filmes selecionados para este ano são Repare Bem, de Maria de Medeiros, Camponeses do Araguaia – A Guerrilha Vista por Dentro, de Vandré Fernandes, e Ainda Existem Perseguidos Políticos. Realizada pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM), em parceria com o Ministério da Justiça, a mostra visa promover projetos com foco na Ditadura Militar no Brasil e na América Latina. Além da Mostra, 27 universitários se reúnem nesta semana para serem capacitados como “agentes mobilizadores” da Mostra.

Acompanhe a programação pela página do Facebook da Mostra Cinema pela Verdade.

Exposição O Golpe: 50 anos depois (RJ)

Do dia 25 até o dia 13 de abril, o Armazém da Utopia, no Cais do Porto, apresenta a exposição “O golpe — 50 anos depois”. Dirigido pelo Instituto Ensaio Aberto com parceria da Comissão da Anistia, a mostra ocupa dois mil metros quadrados e reúne imagens históricas, instalações interativas e intervenções. Será exibido o documentário “O dia que durou 21 anos”, de Camilo Tavares, e o filme “Eu me lembro”, de Luiz Fernando Lobo.
 O Armazém é localizado à Av. Rodrigues Alves e funciona de quarta a domingo, das 14h às 22h. A exposição vai até 13/4. Entrada franca.

Seminário 50 anos do Golpe de 1964

Às 19h desta terça-feira, o Instituto Moreira Salles, na Gávea, transmite por streaming, com exclusividade, a sessão especial “50 anos do golpe de 1964 — balanço de uma experiência histórica”. O evento contará com palestras de Fernando Henrique Cardoso, Francisco de Oliveira e José Artur Giannotti. A mediação será de Elza Berquó. A transmissão ao vivo ocorrerá no site em1964.com.br/seminario50anos.

Semana de memória, verdade e justiça de Niterói

Hoje às 10h, aula inaugural do curso livre “Os 50 anos do golpe: as violações aos direitos humanos no Brasil”, com Wadih Damous, Waldeck Carneiro e Fernando Dias, no Auditório da Fundação Oscar Niemeyer, em Niterói. O curso faz parte da “Semana de memória, verdade e justiça de Niterói”. Saiba mais sobre outros cursos em: http://www.cev-rio.org.br.

Debate Legalidade, exceção e resistência – USP

Quarta feira, às 19h, na Biblioteca Mindlin, da Universidade de São Paulo (USP), acontece o debate “Legalidade, exceção e resistência no Brasil”, com Janaína Teles (USP), Denis Rollemberg (UFF), Antonio Luigi Negro (UFBA) e Marcelo Ridenti (Unicamp). 

Endereço: Rua da Biblioteca, s/n, Cidade Universitária, São Paulo

 

Debate Ditaduras e legados -USP

O debate “Ditaduras e legados: a Comissão da Verdade” acontece às 19h, dia 27/03 na Biblioteca Mindlin/USP com a presença de Rosa Cardoso (Uerj), Peter Kornbluh (George Washington University) e Vladimir Safatle (USP).

Endereço: Rua da Biblioteca, s/n, Cidade Universitária, São Paulo

 

Conferência “Golpe de 1964 – 50 anos – RJ

Às 10h30, dia 27/03 na Fundação Biblioteca Nacional, no Centro do Rio, a historiadora Dulce Pandolfi (FGV) abre a conferência “Golpe de 1964 – 50 anos”, que se estenderá até a tarde de sexta-feira. 

Endereço: Av Rio Branco 219, centro, Rio de Janeiro

 

Exibição de documentário

Às 17h desta sexta-feira, o diretor Carlos Pronzato lança no Plenário Carlos Mauricio, da OAB-RJ, o documentário “Calabouço 1968 — Um tiro no coração do Brasil”, que fala sobre o movimento estudantil e a morte do estudante Edson Luís no restaurante Calabouço, no centro do Rio.

Endereço: Av. Marechal Câmara, 150 , Centro, rio de Janeiro

 

Debate “O golpe de 1964: o passado e o presente 50 anos depois”

Sexta, 28, às 11h, na Fundação iFHC, em São Paulo, acontece o debate “O golpe de 1964: o passado e o presente 50 anos depois”. O evento reúne o ex-governador José Serra, o historiador Boris Fausto e o cientista político Bolívar Lamounier.

Endereço: Rua Formosa, 367 – República, São Paulo

 

Cordão da Mentira (SP)

Para contestar e escrachar, o Cordão da Mentira sairá no dia 1º de abril pelas ruas de São Paulo, questionando o que foi a ditadura militar e o que permanece dela. O trajeto, animado por sambas próprios, será feito entre o Memorial da Resistência e diversos pontos emblemáticos da cidade. Em sua terceira edição, o bloco, composto por coletivos teatrais, políticos, sambistas e movimentos sociais, sairá às 17h30, convidando todos e todas para um carnaval escracho verdadeiramente popular.